A 12 de dezembro de 1877, morre, no Rio de Janeiro, vitimado pela tubercolose, o romancista, político, jornalista e teatrólogo brasileiro José de Alencar.
Entre as suas principais obras poder-se-ão citar:
Encarnação, O Guarani, Iracema, Lucíola, A Pata da Gazela e Ubirajara.
(retirado do http://www.leme.pt/historia/efemerides/1212/)
Foi o primeiro filme de uma viagem à Lua e quanto a este não restam dúvidas: foi mesmo feito em estúdio. Inspirado pelos romances “Da Terra à Lua” (1865), de Júlio Verne, e “O primeiro homem na Lua” (1901), de H.G. Wells, Georges Méliès conta, em 14 minutos, a história de um grupo de exploradores que, a bordo de uma espécie de foguetão, é projectado por um canhão gigantesco em direcção à Lua. Nascia assim um dos grandes ícones visuais do século XX, com o projéctil a atingir um olho da Lua. Já em solo lunar, os astrónomos são capturados pelo povo selenita – seres aparentemente perigosos, mas que se revelam bastante frágeis quando são atingidos, desaparecendo numa nuvem de poeira. Os cientistas conseguem fugir e regressam à Terra (se não viu o fi lme e a descrição lhe parece familiar, é provável que tenha visto o videoclip da música “Tonight, Tonight”, dos Smashing Pumpkins, que recria algumas destas cenas). Tudo isto é filmado com recurso a efeitos especiais inovadores para a época, como as técnicas de sobre- posição do filme, fusão e exposição múltipla de imagens. Méliès foi também o responsável pelo desenho dos cenários e do guarda-roupa.
Considerado o primeiro filme de ficção científica, “A Viagem à Lua” é uma das obras mais importantes da história do cinema. Trata-se de “uma extraordinária aventura lunar de um intenso surrealismo artístico”, afirma J.B. Martins no seu Cineblog (cineblog.blogs.sapo.pt).
Foi uma das muitas aventuras com que Méliès divertiu crianças e adultos, mas “o autor não se absteve ainda de dar à narrativa uns toques subtis de comentário social – atente-se no fumo que sai das chaminés das fábricas, numa crítica aos efeitos nefastos da revolução industrial”, nota o editor de cinema do site cultural Rascunho (www.rascunho.iol.pt).
O cinema era, literalmente, um mundo mágico para o francês, que durante muitos anos foi um ilusionista de sucesso. Via a sétima arte como um prolongamento dessa sua actividade e inovou no uso desenhos de produção e storyboards para planear as cenas dos filmes. Inquieto, dono de uma imaginação acima do comum, Méliès foi também pioneiro ao fundar a primeira companhia cinematográfica da Europa e ao investir em estúdios de gravação com equipamentos de iluminação, cenários amovíveis, camarins, instalações para os actores e zona técnica.
Quando morreu - em 1938, com 77 anos - tinha feito mais de 500 filmes.
Catarina Santos )
“When we allow freedom ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God’s children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual: Free at last! Free at last!”.
Poucos discursos terão tido tanto impacte como o proferido por Martin Luther King, Jr., a 28 de Agosto
de 1963. King discursou a partir das escadas do Lincoln Memorial, durante uma marcha, em Washington,
a favor de “empregos e liberdade”. Tornou-se um dos momentos chave do movimento dos direitos civis que agitou a América dos anos 1960. Sem nome oficial, o discurso ficou conhecido como “I Have A Dream”.
A preparação da marcha encontrou alguns obstáculos no da comunidade afro-americana, com receios que acabasse em violência, o que prejudicaria os avanços já obtidos. Mas a marcha acabaria por ser pacífica e um sucesso: cerca de 250 mil pessoas participaram nela e o discurso de Luther King foi transmitido em directo por várias televisões.
Em 1999, 137 investigadores das universidades de Wisconsin-Madison e Texas A&M consideraram “I Have A Dream” o melhor discurso político do século XX, tendo em conta o seu impacte social e político e a capacidade retórica de King.
O discurso tinha várias referências bíblicas (Luther King era pastor baptista) e invocava vários documentos fundadores da nação americana, como a Declaração da Independência.
“A sua visão eloquente de um dia em que os seus filhos ‘viveriam numa nação em que não seriam julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu carácter’ articulou de forma persuasiva o sonho americano com o contexto das lutas pelos direitos civis”, afirmou, nessa altura, um dos investigadores, Martin Medhurst, professor de comunicação discursiva na Universidade Texas A&M.
Em 1964, King tornou-se no mais vencedor do prémio Nobel da Paz mais jovem de sempre - tinha apenas
35 anos. Quando soube da notícia, anunciou que iria doar os quase 55 mil dólares (cerca de 39 mil euros)
ao movimento dos direitos civis.
Luther King foi assassinado a 4 de Abril de 1968. Estava na varanda de um quarto de motel em Memphis,
no Tennessee, cidade onde iria participar num protesto de trabalhadores da recolha do lixo, com quem estava solidário.
(Pedro Rios - mediaserver.rr.pt)